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1.
Arq. gastroenterol ; 52(4): 255-259, Oct.-Dec. 2015. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-771925

RESUMO

Objectives - Anemia is the most common hematological alteration in patients with Crohn's disease, and is frequently related to intestinal inflammatory activity. Its cause is multifactorial and mostly associated with absolute iron deficiency (iron deficiency anemia) and/or functional iron deficiency (inflammation anemia or anemia of chronic disease). It may also be identified through other causes, such as folic acid or vitamin B12 deficiency and secondary to adverse effects from medications (salicylic derivatives and immunosuppressive drugs). In the present study, patients with active Crohn's disease and anemia were evaluated and treated with intravenous ferric carboxymaltose. We discuss the therapeutic schemes (doses), safety, results and improvement of quality of life. Methods - In the present prospective study, 10 consecutive patients with Crohn's disease, with moderate to severe activity, with anemia (Hb: 6.7 to 10 g/dL), who were attended between March 2014 and March 2015, were evaluated. Six (60%) were men and four were women, all with moderate or severe anemia (hemoglobin <10 g/dL). They were treated with a maximum of three intravenous infusions of 1000 mg of ferric carboxymaltose, of at least 15 minutes in duration. It was also sought to correlate the inflammatory Crohn's disease activity degree (measured using the Crohn's Disease Activity Index, CDAI) and C-reactive protein level with the severity of anemia. The primary outcome was an increase in Hb of ≥2 g/dL and the secondary outcome was the normalization of anemia (Hb ≥12 g/dL for women and ≥13 g/dL for men) and the improvement in quality of life seen 12 weeks after the last application of carboxymaltose. Results - Among the 10 patients studied, parenteral iron supplementation was administered in three cases during hospitalization and the others received this on an outpatient basis. The total iron dose ranged from 1,000 to 2,000 mg, with an average of 1,650 mg. Crohn's disease activity measured using CDAI and C-reactive protein correlated with the intensity of anemia. An increase of 2 g/dL occurred in eight (80%) patients after 12 weeks and normalization of anemia was found in seven (70%) patients. Improvements in quality-of-life scores were found for all (100%) patients after 12 weeks. Carboxymaltose was well tolerated. Three patients presented adverse reactions (two with nausea and one with headache) of mild intensity. Conclusions - Anemia is a frequent complication for Crohn's disease patients. Intravenous iron therapy has been recommended for Crohn's disease patients, because for these patients, oral iron absorption is very limited. This is because of the inflammatory state and "blocking" of iron entry into enterocytes through hepcidin action on ferroportin, along with the elevated rates of gastrointestinal adverse events that compromise adherence to treatment and possibly aggravate the intestinal inflammatory state. The degree of Crohn's disease activity, as measured using CDAI and C-reactive protein, correlates with the severity of anemia. Carboxymaltose is a safe drug, which can be administrated in high doses (up to 1,000 mg per application per week) and corrects anemia and iron stocks over a short period of time, with consequent improvement in quality of life.


Objetivos - Anemia é a alteração hematológica mais comum em portadores de doença de Crohn, estando frequentemente relacionada à atividade inflamatória intestinal. Sua causa é multifatorial, está associada na maioria das vezes com deficiência absoluta de ferro (anemia ferropriva) e/ou deficiência funcional de ferro (anemia da inflamação ou anemia de doença crônica), podendo também ser identificada outras causas como deficiência de ácido fólico ou vitamina B12 e secundária a efeitos adversos de medicamentos (derivados salicílicos e imunossupressores). Neste trabalho, avaliamos portadores de doença de Crohn em atividade com anemia que foram tratados com carboximaltose férrica endovenosa, e discutimos os esquemas terapêuticos (doses), a segurança e os resultados, assim como a melhora da qualidade de vida. Métodos - Neste estudo prospectivo, avaliamos 10 consecutivos pacientes portadores de doença de Crohn de moderada a grave atividade com anemia (Hb: 6,7 a 10 g/dL) que foram atendidos no período de março de 2014 a março de 2015. Eram seis (60%) do sexo masculino e quatro do sexo feminino, todos com anemia moderada ou grave (hemoglobina <10g/dL), tratados com no máximo três infusões de 1000 mg de carboximaltose férrica por via endovenosa em, pelo menos, 15 minutos. Procurou-se também correlacionar o grau de atividade inflamatória da doença de Crohn (mensuração realizada com o IADC-índice de atividade da doença de Crohn) e dosagem da proteína C reativa com a gravidade da anemia. O desfecho primário foi aumento da Hb de ≥2 g/dL e desfecho secundário a normalização da anemia (Hb ≥12 g/dL para mulheres e ≥13 g/dL para homens) e melhora na qualidade de vida após 12 semanas da aplicação da última dose de carboximaltose férrica. Resultados - Dos 10 pacientes estudados, em 3 a suplementação parenteral de ferro foi realizada durante internação hospitalar, o restante em regime ambulatorial. A dose total de ferro administrada variou de 1.000 a 2.000 mg, sendo a média de 1.650 mg. A atividade da doença de Crohn mensurada pelo IADC e pelo PCR se correlacionou com a intensidade da anemia. O aumento de 2 g/dL ocorreu em oito (80%) pacientes após 12 semanas e a normalização da anemia foi observada em sete (70%). Melhora do escore de qualidade de vida foi observada em todos (100%) após 12 semanas. A carboximaltose férrica foi bem tolerada, três pacientes apresentaram reações adversas (2 - náusea e 1 - cefaléia) de leve intensidade. Conclusões - Anemia é uma complicação frequente em portadores de doença de Crohn. A terapia com ferro por via endovenosa tem sido a recomendada em portadores de doença de Crohn, pois nestes pacientes a absorção do ferro oral é bastante limitada devido ao estado inflamatório e "bloqueio" da entrada de ferro nos enterócitos por ação da hepcidina sobre a ferroportina, além das elevadas taxas de eventos adversos gastrointestinais que comprometem a adesão ao tratamento e podem agravar o estado inflamatório intestinal. O grau de atividade da doença de Crohn mensurado pelo IADC e PCR se correlaciona com a severidade da anemia. A carboximaltose férrica é uma droga segura, pode ser administrada em altas doses (até 1.000 mg por aplicação por semana), corrige a anemia e os estoques de ferro em curto espaço de tempo, com consequente melhora da qualidade de vida.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Anemia Ferropriva/tratamento farmacológico , Doença de Crohn/complicações , Compostos Férricos/administração & dosagem , Maltose/análogos & derivados , Qualidade de Vida , Anemia Ferropriva/etiologia , Anemia Ferropriva/psicologia , Doença de Crohn/psicologia , Maltose/administração & dosagem , Estudos Prospectivos , Índice de Gravidade de Doença , Resultado do Tratamento
3.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 51(6): 323-328, nov.-dez. 2005. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-420077

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a eficácia do uso intravenoso de sacarato de hidróxido de ferro III no tratamento de pacientes adultos com anemia ferropriva que não obtiveram resposta satisfatória à terapia com ferro oral. MÉTODOS: No período de janeiro de 2003 a janeiro de 2004, estudamos 25 pacientes com anemia ferropriva que apresentaram intolerância e/ou resposta inadequada ao tratamento com ferro por via oral e/ou valor de hemoglobina < 7 g/dl. Os principais exames laboratoriais realizados foram: hemograma completo, contagem de reticulócitos, ferro sérico, capacidade total de ligação de ferro e ferritina sérica. Os pacientes receberam uma dose semanal de 200 mg de sacarato de hidróxido de ferro III diluído em 250 ml de soro fisiológico 0,9 por cento administrado por via intravenosa em 30 minutos. O tratamento foi realizado até a obtenção dos valores de hemoglobina =12 g/dl para mulheres e =13 g/dl para homens, ou até a administração da dose total de ferro parenteral recomendada para cada paciente. RESULTADOS: A idade mediana dos 25 pacientes estudados foi de 45 anos, variando entre 31 e 70 anos; 19 (76 por cento) eram do sexo feminino. A causa mais comum de anemia ferropriva no sexo feminino foi sangramento uterino anormal observado em 13/19 pacientes (68 por cento) e, no sexo masculino, gastrectomia parcial observada em 4/6 (67 por cento). Dezessete (68 por cento) pacientes foram incluídos neste estudo por falta de resposta à terapia com ferro oral, 6/25 (24 por cento) por intolerância ao ferro oral e 2/25 (8 por cento) por hemoglobina < 7 g/dL. Correção da anemia foi obtida em 12/19 (63 por cento) dos pacientes do sexo feminino e em 5/6 (83 por cento) dos pacientes do sexo masculino. Os valores médios da hemoglobina e da ferritina eram de 8,09 g/dl e 4,20 ng/ml (pré-tratamento) e 12,42 g/dl e 87,78 ng/ml (pós-tratamento) (p<0,001), respectivamente. O aumento médio de hemoglobina foi de 3,74 g/dl, variando entre 1,30 g/dl e 7,60 g/dl. Nenhum paciente recebeu transfusão de sangue durante ou após o tratamento com ferro intravenoso. CONCLUSÃO: O uso intravenoso de sacarato de hidróxido de ferro III é uma opção eficaz e segura no tratamento de pacientes adultos com anemia ferropriva que não obtiveram resposta satisfatória com a utilização do ferro oral. Esta opção terapêutica deve ser levada em consideração sobretudo nos pacientes com intensa anemia a fim de se obter rápido aumento dos valores da hemoglobina e se evitar transfusão de sangue.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Anemia Ferropriva/tratamento farmacológico , Compostos Férricos/administração & dosagem , Hematínicos/administração & dosagem , Anemia Ferropriva/etiologia , Hemoglobinas/análise , Injeções Intravenosas , Distribuição por Sexo , Estatísticas não Paramétricas , Resultado do Tratamento , Hemorragia Uterina/complicações
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